Se alguma vez eu lhe disse que estava apaixonada é por que eu estava bêbada, louca ou morta. Nunca quis gostar de você, apenas... acabei me iludindo com tuda aquela luz, aquele sonho desfarçado de prazer e a luz invadindo meus olhos. Tudo aquilo me deixou estranha... apaixonada, totalmente decadente.
A música daquele maldito violino tocando na esquina do meu quarto enquanto meu pai grita comigo. Você sabe, eu o matei com aquele par de sapatos novos, todo mundo nega menos eu, a única culpada. Só você acreditou em mim quando contei minhas verdades, você até sorriu quando eu disse que tinha me esquecido.
Não sei como aquele unico pedaço de bolo conseguiu me deixar tão feliz a ponto de chorar. Peço desculpas por não ter peguntado nada pra você, por não saber nada sobre você, não saber o que você gosta, não saber a data do seu aniversario e nem ao menos saber o que pensa, mas mesmo assim ter gostado de você. Não queria que fosse embora, você seria feliz e isso me deixaria limitada e banal como qualquer outra mulher.
Não entendo por que tiver que ser normal, queria tanto ser unica, singular desigual... me destacar em multidões como aqueles animais de circo, todos coloridos e divertidos. Talvez assim você olhasse pra mim, me chamaria e nós dançariamos dentro do metrô até a ultima parada.
Escrevo esta droga de carta apenas pra você ler e guardar dentro de alguma gaveta na sua casa nova, branca,limpa e feliz. Não quero mais nada de você, só peço que me delete da sua memória de vidro e viva por mim nesse seu coma momentaneo e infinito.
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