quarta-feira, 9 de junho de 2010

Querida Liberdade

Querida Suzette, meus sinceros pêsames por sua gentileza. Morrer por aqueles porcos hipócritas deve ser muito gratificante. Chamo de triste aqueles pequenos seres que no chão do céu vivem. Fecho os olhos para sua gentil e cruel face, seduzi-los é fácil, atrai-los com luzes coloridas e sorrisos brilhantes para depois esmaga-los como frutas podres.

Apesar do seu óbvio fim eles continuam a lhe seguir no Hades, entulhando o subsolo de pessoas vazias. Rejeitada, feliz e insana essa é a sua realidade. Alimentar-se de perólas e sacrifícios em vão. Sua falsa felicidade me indigna, me frustra, me da a sensação de que tudo está perdido. Apenas os rostos tristes dos que não correram para a luz me trazem esperança. A falsa luz no fim do abismo, moscas em busca de comida.

Uma mãe cheia de amor como Maria, possessiva e iludida. Todos os seus filhos problemáticos mortos, os bons e obedientes vivem á direita de seu Pai. Santa Maria, tão pura quanto uma prostituta com tantos amores, tantas glórias e exaltações. Um amor avaçalador, que sufoca e esmaga. Medéia ao contrário, matando seus filhos, protegendo-os da verdade e da felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário